A ditadura de César
Gaius Suetonius - 121 d.C.
Suetonius, 121 d.C. - Tendo posto um fim às guerras civis, Júlio César celebrou cinco Triunfos – quatro em um único mês (com poucos dias de diferença) após derrotar Cipião, e após derrotar os filhos de Pompeu. O primeiro e mais esplêndido foi o triunfo gálico, depois o alexandrino, depois o pôntico, depois o africano, e finalmente o espanhol, cada um diferente do outro em seus arranjos e na exibição dos espólios. No dia do triunfo gálico, ao passar pelo bairro de Velabrum, o eixo de seu carro quebrou e ele foi arremessado para fora; depois subiu até o Capitólio à luz de tochas, com quarenta elefantes carregando lâmpadas à esquerda e à direita. Em seu triunfo pôntico, entre os objetos exibidos na procissão havia uma inscrição com somente três palavras “Vim, Vi, Venci” – não tanto indicando os eventos da guerra, como o faziam outros aparatos, mas a velocidade com que ela foi encerrada.
A cada um dos soldados de suas legiões de veteranos ele deu 24.000 sestércios sacados dos espólios, muito mais do que os 2.000 que pagara por cabeça no início da guerra civil. Ele também lhes conferiu terras, mas não lado a lado, para evitar a desapropriação dos antigos fazendeiros. Para todo homem do povo, além de 10 medidas cheias de grãos e o mesmo número de libras de óleo, ele distribuiu os 300 sestércios que havia prometido desde o início, e 100 a mais do espólio pelo atraso. Ele também abonou um ano de renda para inquilinos que pagavam de 2.000 sestércios pra baixo em Roma, e de 500 pra baixo na Itália. Além disso, ofereceu um banquete e muitas porções de carne, e após as vitórias espanholas, dois